Pastoreio #84

Decidindo amar ao próximo

 

Esse tema sem dúvidas nos traz confrontação graças ao exemplo prático ensinado por Jesus, pois não temos como ser discípulos Dele sem amarmos uns aos outros.

Amar é uma decisão, pois ainda que as pessoas possam nos trair, nos decepcionar, não serem reciprocas conosco, mesmo assim nós como cristãos devemos perdoá-las, a exemplo do que Jesus disse a Pedro (Mateus 18.21-22), perdoe sempre todos aqueles que vier até você e pedir perdão.

Como cristãos, penso que não devemos agir como os que não conhecem a Cristo agem, ou seja, os que não são discípulos de Jesus não tem nenhuma razão para seguirem as orientações do Mestre, entretanto nós que cremos Nele precisamos sempre ter Jesus como exemplo de vida, bem como replicar esse exemplo de vida para que outras pessoas também sejam influenciadas pelo exemplo de Jesus.

Se considerarmos que todos nós temos falhas, não havendo um justo sequer (Romanos 3.23), cometendo pecados voluntários e involuntários e não podemos dizer o oposto (1 João 1.08), sendo assim precisamos considerar o que Manning (2005, p.74), escreve “o sangue do Cordeiro aponta para a verdade da graça: o que não podemos fazer por nós mesmos, Deus fez por nós.”

Sozinhos não temos como nos limpar dos pecados, sozinhos não temos como ser salvos, a não ser por intermédio de Jesus Cristo (Atos 4.12), por isso, precisamos nos lembrar que somos imperfeitos, pois assim nos lembraremos que foi por amor que Deus nos perdoou e salvou (1 João 4.09), então, temos a obrigação de perdoar e amar ao próximo, seja quem for gostando ou não gostando!

Quando lemos João 3.16, temos a informação da escolha de Deus em amar os seres humanos, mesmo sem um prévio acordo entre o Criador e a sua criação, Ele se doou e enviou o seu único Filho para morrer em uma cruz, é coerente que como filhos e filhas de Deus, também decidamos amar o próximo.

Algumas pessoas podem ter comportamentos que gerem irritação e decepção em outras pessoas, entretanto, os cristãos precisam se esforçar para que a sua mente seja a de Cristo e o seu comportamento, seja segundo o exemplo de Jesus, sempre escolhendo perdoar e amar até mesmo com quem lhe faz mal, todavia a orientação do apóstolo Paulo é vença o mal com o bem (Romanos 12.21).

Partindo da orientação bíblica acima, temos o dever de amar, não podendo transformar as ofensas em justificativas, para gerarmos verdadeiras guerras de mágoas eternas contra as pessoas, aqui cabe mencionar que também precisamos amar os pais e a família de modo geral, pois temos às vezes a ideia de perdoar os de fora e não os da família de sangue. As mágoas acabam servindo como verdadeiras barreiras que podem impedir as pessoas de terem uma convivência mais harmônica, ainda que, não precisamos concordar com tudo ou todos, mas precisamos como cristãos respeitar os direitos alheios que também queremos para nós (Lucas 6.31).

Podemos considerar que, biblicamente o amor ao próximo nunca foi condicionado a amarmos somente aqueles que concordam conosco, o maior exemplo disso está na cruz, em Lucas 23.34, Jesus mesmo crucificado ora ao Pai para perdoá-los, pois não sabiam o que estavam fazendo.

O Mestre teria todo direito de amaldiçoar aquelas pessoas que o estavam crucificando, crucificando o Filho de Deus, mas ao invés disso, Ele perdoou e pediu ao Pai para não os castigarem por esse ato. Quem de nós seriamos tão altruístas a ponto de logo na sequência da ofensa já ter uma ação perdoadora como a de Jesus?

Amar as pessoas que pensam e agem diferentemente de nós é um exercício de autocontrole, mansidão, amor e misericórdia, ou seja, entender que não podemos atrelar o amar as pessoas a nada, mas somente amá-las, assim como Deus fez conosco quando deu seu único Filho para morrer por nós (João 3.16), sem fazer antes uma enquete para saber se Jesus seria aceito como nosso Senhor e Salvador, o Pai simplesmente entregou Jesus por nós.

Aprender a conviver com o diferente nos leva a confiar mais em Deus, pois se de fato mudanças forem necessárias, podemos contar com a ação do Espírito Santo poderoso para mudar e converter o que for preciso nas pessoas, inclusive em nós mesmos.

Sendo assim, então, acredito que podemos concordar que, sendo cristãos não podemos não amar o outro, pois faz parte do padrão comportamental ensinado por Jesus, por isso estamos nos debruçando sobre esse assunto, se somos amigos de Deus, então, também precisamos amar ao próximo.

Recorte >>> Amar é uma escolha!

Penso que quando entendemos o que a bíblia nos fala sobre perdão e amor ao próximo, entendemos que somos desafiados a deixar nossas vontades de lado e optar pela ordem de Deus, tarefa que nem sempre é fácil, mas possível, ainda mais, com a ajuda do Espírito Santo.

O Senhor poderia ter escolhido destruir toda a sua criação definitivamente, após o primeiro casal ter pecado (Gênesis 3), mas ao invés disso o Criador planejou o resgate do ser humano (João 3.16), como pode Deus amar tanto assim quem não o obedeceu e quem não aceita como Senhor?

O filósofo Emmanuel Levinas, escreveu a seguinte frase “que coroa gloriosa é para o Criador por de pé um ser capaz de ateísmo”. Como pode o Deus Criador de todas as coisas, criar o ser humano dando-lhe o livre arbítrio, liberdade essa usada por algumas pessoas para negar a existência do seu Criador. Que amor é esse que, mesmo sabendo das nossas transgressões, antes mesmo dos seres humanos comete-as, o Criador os ama, fazendo promessas mesmo sabendo antecipadamente das nossas falhas.

Mesmo sabendo que a sua criação se voltaria contra Ele, Deus não deixou de criar e de insistir com os seres humanos, o Senhor Escolheu amar, sim, graciosamente Ele não nos jogou fora, antes, porém, o Pai nos amou e continua nos amando, com um amor inigualável, desses que não se pode compreender com mente humana.

Ter um padrão de amor tão alto como o amor do Senhor, nos leva a refletir o quanto somos privilegiados, por ter um Deus tão santo, tão poderoso e ao mesmo tempo tão amoroso, o Senhor nos restaura e honra, Ele nos ama sem arrependimento, sempre estamos errando e o Senhor sempre nos cercando com o seu infinito amor. Se temos um Deus que nos ama nesse nível como podemos não amar o próximo, como podemos nos render as mágoas e rancores, nos esquecendo que Deus em sua bondade não nos trata segundo as nossas maldades.

Pensando dessa forma podemos nos fazer a seguinte pergunta, temos alguma justificativa plausível perante Deus para não perdoar e amar ao nosso semelhante, ou seja, existe algo de fato que o outro faça contra nós que nos de o direito de não perdoar e amar? Se em nossos pecados Deus age conosco com misericórdia, com o intuito de nos livrar da morte eterna, antes, porém, pacientemente Ele nos conduz ao caminho do arrependimento e da restauração.

Penso que precisamos escolher amar, mas precisamos amar segundo os ensinamentos e a ótica de Deus e não segundo o nosso entendimento, corroborando com esse entendimento, Manning (2005, p.41,42), escreve que:

“Ao longo dos anos tenho visto cristãos moldando Deus a sua própria imagem – em todos os casos um Deus assustadoramente pequeno. Alguns católicos ainda creem que apenas eles se alimentarão dos pastos verdejantes do céu (…) Há o Deus que tem uma afeição particular pela América capitalista e tem em alta conta o viciado em trabalho, e o Deus que ama apenas os pobres e desprivilegiados. Há o Deus que marcha com os seus exércitos vitoriosos e o Deus que ama apenas os mansos que oferecem a outra face. Algumas pessoas, como o filho mais velho de Lucas, fazem cara feia e beicinho quando o Pai bota para quebrar e serve do bom e do melhor para o filho pródigo que gastou o seu último centavo com prostitutas. Alguns, tragicamente, recusam-se a acreditar que Deus possa perdoá-los: “Meu pecado é grande demais.”

Talvez amemos fazendo acepções de pessoas, um amor a conta-gotas segundo os nossos achismos e gostos, segundo as nossas razões e expectativas, ou seja, um amor mesquinho e humano que justifica o diálogo de Jesus com Pedro (João 21.15-17), em que o mesmo discípulo que negou o Mestre estava agora sendo confrontado por três vezes sobre o quanto de fato amava a Jesus.
Se somos discípulos de Jesus não temos outra escolha senão amar ao próximo sem reservas, sem preconceitos ou partidarismos, devemos amar uns aos outros como vasos de barro, sabendo que somente existe um Juiz e Oleiro, que é Deus. Parece que temos a mania de querer consertar as pessoas, segundo a nossa opinião, queremos que os outros sejam o que somos, como se a nossa maneira de ser e viver fosse a única genuinamente verdadeira.

Consideremos que Deus fez a sua escolha, antes mesmo de sermos criados, gerados, Ele sabendo de tudo, até mesmo das nossas mazelas futuras, decidiu nos amar, sempre com um cuidado peculiar que somente o Criador tem, orientando, perdoando, ajudando e sempre manifestando o seu amor por todos, indistintamente, amor esse que chocou o apóstolo Pedro (Atos 10.34-35), vendo que Deus também havia incluído os gentios em seu plano de salvação.

Quando falamos de amar, esse amor precisa ser demonstrado com atos práticos, Lidório (2014, p.119), escreve sobre um amor perceptível, “isso significa que minha vida em Cristo não pode ser definida somente por guardar dogmas que entendo e aceito, por um lado, nem mesmo pelas experiências de espiritualidade que vivencio, por outro. Sem amor serão vazios de significado. Minha vida com Cristo é definida pela presença do amor que não é apenas essencial, mas também automanifesto.”

Podemos pensar que a ordem “amar ao próximo como a ti mesmo”, pode funcionar como um teste de “calibração” da vida cristã, onde de tempos em tempos, seguiremos verificando e ajustando as nossas vidas segundo o padrão de Cristo. Para Lidório (2014, p.119), “precisamos amar o próximo o mínimo para não criticá-lo. Esse próximo, o outro, diferente de nós, é nossa base de testes, o cenário no qual devemos aprender a praticar o ato mais sublime que vem do Pai, e somente dele.”

Os seres humanos não tinham nenhuma chance de sonhar com as maravilhas celestes, céus, salvação e com o Criador (Romanos 3.23), mas o Eterno com o seu grande amor, de modo gratuito, fez com que a salvação fosse possível por intermédio de seu Filho (Romanos 3.24), proporcionando, então, esperança real para todos os que Nele confiam.

O ato de amar não pode se resumir a simplesmente querer amar, antes, precisamos com ações reais demonstrar esse amor com o próximo. Somos desafiados a ter um nível de relacionamento e amor descrito na igreja primitiva (Atos 2.41-47), amor esse em que o nosso desejo não se sobrepõe a necessidade do próximo, talvez pensamos que essa manifestação de amor da igreja primitiva, estejam distantes demais, ou ainda, impossível de serem vivenciadas em nossos dias, entretanto, quero chamar a nossa atenção para o fato de que, todos nós somos humanos, tanto os irmãos de fé do passado e de agora, e que mesmo nas nossas fraquezas, Deus está conosco e nos ajuda a amar e a fazer o bem ao próximo.

Provavelmente, não consigamos amar ao próximo se ficarmos considerando os nossos pontos de vistas, nossas razões, ou até mesmo os nossos direitos, entretanto, se nos lembrarmos do modo como Deus nos tratou e trata quando pecamos, de forma misericordiosa e amorosa, então, poderemos ter o amor ao próximo de forma prática e constante.

O Novo Testamento nos narra a história de um homem que não era bem aceito, muito menos amado pelos seus coetâneos, seu nome era Zaqueu (Lucas 19.05-10), por amor, Jesus deu a esse homem atenção, conversou e quis entrar na casa dele, mesmo ele sendo odiado pelos que se diziam filhos de Deus. É prudente não julgarmos as pessoas segundo a nossa “régua” moral, quando somente Deus tem de fato o justo e reto juízo.

Penso que aos cristãos foi imputada a responsabilidade de amar, interceder, ensinar, ajudar, segundo os ensinamentos e exemplos de Jesus Cristo, se queremos de fato ser seguidores e discípulos de Cristo, temos que encarar essas responsabilidades com diligência por amor a Jesus. Lembremo-nos que o nosso papel não é converter as pessoas, pois esse papel é do Espírito Santo, antes, porém, ensinar a palavra de Deus e amar ao próximo, se entendermos e nos posicionarmos com esse entendimento penso que teremos sucesso em praticar o amor com nosso semelhante.

  

Ponto de contato >>>

Quem ama a deus também deve amar ao próximo

Argumentação > 

Como podemos amar a Deus a quem não vemos se não conseguimos amar ao nosso próximo a quem vemos (1 João 4.20), parece incoerente afirmarmos que amamos ao Senhor, mas não conseguimos amar o nosso semelhante.

O escritor e missionário Ronaldo Lidório em seu livro Sal & Luz, escreve, Lidório (2014, p. 152), “É possível cantar, ouvir e pregar, a cada domingo, sobre atitudes que não são cultivadas durante a semana. Torna-se possível ler um livro inteiro sobre missão, entender os preceitos bíblicos e aprofundar-se na compreensão de que Deus nos chamou, como igreja, para sermos sal e luz, e nada – absolutamente nada – mudar na vida diária.”

Uma vida espiritual necessariamente passará pelas relações interpessoais no cumprimento dos mandamentos de Deus, ou seja, não é possível se relacionar com o poder do Senhor sem, entretanto, ter nas relações com as outras pessoas um reflexo do que Deus faz conosco e quer que façamos com o próximo.

Uma vida cristã vai além do culto, além de uma celebração, tem a ver com tratar os outros como gostaríamos de ser tratados (Lucas 6.31), nossas vidas em Cristo precisam ir além do programa religioso, nosso estilo de vida, nossos conceitos precisam estar encorados no evangelho de Jesus Cristo.

A mesma espiritualidade que procuramos demonstrar no culto, devemos também demonstrar na vida cotidiana, ao longo da nossa caminhada iremos passar por diversas situações envolvendo outras pessoas, mas seja o que for ou como for, devemos nos lembrar que temos um padrão que não é humano, mas Divino e que precisamos seguir.

Em Lucas 11.04 temos a oração do pai nosso, “E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduzas à tentação, mas livra-nos do mal.”

Ao orarmos o pai nosso, nos comprometemos com o Criador, pois assim como Ele nos perdoa, nós também perdoaríamos o próximo, estamos envolvidos em um projeto muito maior que está além da esfera humana, vem de Deus como padrão de comportamento para os seus filhos(as).

O que nos adianta ter uma vida com tantos testemunhos poderosos de curas, manifestações do poder de Deus se não conseguimos amar o nosso semelhante, fazer o bem ao outro, se não amarmos os nossos iguais.

Acredito que o primeiro passo, de suma importância, seja reconhecer nossos próprios erros, pois assim como vemos os erros nos outros, nós também temos os nossos erros e que quando os reconhecemos damos um passo importante que penso ser de grande ajuda para nos ajudar a amar o próximo como Deus nos orientou.

Quando reconhecemos o nosso estado de pecador, podemos ter uma maior compreensão sobre como somos favorecidos pelo amor e a misericórdia de Deus, antes éramos merecedores do inferno, mas em Cristo temos a viva esperança de vida eterna.

Quando os cristãos passam a ter esse entendimento, creio que amar o outro pode ser facilitado, a partir, da real compreensão da nossa miserabilidade e necessidade do perdão, purificação e justificação de Cristo em nossas vidas.

Já imaginou se Jesus ficasse magoado e guardasse rancor a nosso respeito, como poderíamos ter paz, como seria a nossa vida, pois em tudo seriamos grandemente prejudicados, considerando que não teríamos os livramentos e favores do Senhor. Da mesma forma, precisamos considerar que, às vezes, nossos atos, podem causar não somente tristeza nos outros, mas também nos gerar prejuízos psicológicos e físicos. Sabemos que quando ficamos ruminando psicologicamente uma situação, ou seja, pensando sempre nas mesmas questões, alimentando a ira e a raiva, o que pode gerar adoecimento, a somatização em nosso corpo físico.

Percebamos como as questões mal resolvidas, podem contribuir nos deixando mais “azedos”, bem como na esfera espiritual gerando prejuízos em relação ao perdão de Deus a nosso favor (Mateus 6.15).

A relação com o nosso semelhante deve ser com a mesma consideração, amor, dedicação e respeito que queremos ter dos outros precisamos dar aos outros também (Lucas 6.31).
Amar é uma escolha consciente, da mesma forma como aceitamos a Cristo e nos esforçamos para amar a Deus, também precisamos ter essa mesma escolha em relação ao próximo. Assim como amamos a Deus aceitando a sua vontade soberana, também deveríamos amar as pessoas considerando as suas diferenças em relação a nós, pois o amor ao próximo não pode estar atrelado a concordâncias, gostos, ideias ou escolhas, antes, porém, devemos amar sem esperar nada em troca.

Se queremos amar a Deus, não temos como deixar de amar o nosso semelhante, penso que os nossos comportamentos na terra, demonstram o nível da nossa vida espiritual com o Criador, vivenciar experiencias de amor ao próximo são ricas e a base da nova vida poderosa de todo crente em Jesus (1 Coríntios 13).

Sobre sermos chamados para amar uns aos outros, Stott (2013, p.139), escreveu que, “Jesus respondeu insistindo que, no vocabulário de Deus, nosso próximo inclui nosso inimigo. Se, pois, amarmos nosso inimigo, seremos filhos autênticos de nosso Pai celeste, pois ele dá sol e chuva para todas as pessoas, indiscriminadamente. Seu amor abrange todos; o nosso também deve abranger.”

Se devemos amar até os que consideramos inimigos (Mateus 5.44), podemos dizer que não resta margem alguma para não amar alguém, seja sobre qual pretexto ou justificativa, sendo assim, precisamos provar para nós mesmos que de verdade amamos ao Senhor e isso somente é possível quando também amamos ao próximo, seja ele quem for.

Sugiro repensarmos sobre as dificuldades e objeções que geralmente apresentamos como “justificativas”, e que de verdade perante Cristo não justifica a nossa ação de não amar, para podermos refazer o caminho do perdão, do respeito, do aceitar o diferente e de respeitar que as pessoas têm o direito de escolherem o que nós mesmos não escolhemos para as nossas vidas.

Se o próprio Jesus não condenou a mulher adúltera, antes a perdoou e disse vá e não peques mais (João 8.11), demonstração prática de amor pelo outro, não se valendo do seu momento de fragilidade, nesse caso ela havia sido surpreendida em flagrante adultério, antes, porém, Jesus a tratou com amor e misericórdia. Não podemos nos aproveitar das fraquezas alheias para ferir ainda mais quem já está ferido, mas precisamos ser o bálsamo que leva cura e refrigério para o outro, seja ele quem for.

  

Para se pensar…

Será que amaríamos mais se lembrássemos dos nossos pecados e como Deus nos perdoou e perdoa, será que conseguiríamos ser mais misericordiosos se também nos lembrássemos de como o Senhor foi e tem sido misericordioso conosco?

Amar ao próximo é importante, temos clareza que quando não perdoamos o Pai Celeste também não nos perdoa? Se lembrássemos sempre que o nosso perdão também está ligado ao perdão ao próximo, talvez seríamos mais assertivos quanto ao tratamento que dispensamos em relação ao outro.

Essa qualidade de amor se constrói com intenções inspiradas nos ensinamentos de Jesus e com evidências, nossas ações que comprovam o nosso amor pelo próximo, temos nos esforçados para vivenciar esse amor ao outro?

 

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2022 – O Ano da Decisão
uma igreja bíblica e relevante

Pastor Ronildo Queiroz
Serviçal da Igreja de Jesus Cristo

 

Referências

LIDÓRIO, R. Sal e Luz: compreendendo, vivendo e praticando a missão. Revisão: Rita Leite. Belo Horizonte: Betânia, 2014.
MANNING, B. O evangelho maltrapilho. Traduzido por Paulo Purim. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
STOTT. J. A Igreja Autêntica. Tradução: Lucy Hiromi Kono Yamakami. 1 ed. Viçosa, MG. Editora Ultimato; São Paulo: ABU Editora, 2013.