SEDE NACIONAL

Jabaquara/SP

Acontecimentos marcantes

Irmãos reunidos para um Culto em um sítio na região de Suzano/SP.

O Início

Em São Paulo, já no final da década de 1940, membros da Igreja Presbiteriana Independente do bairro do Cambuci, desejosos da plenitude do Espírito Santo, começaram a participar de retiros espirituais promovidos pelo Rev. Carl W. Cooper e sua esposa, Dna. Sarah Cooper, conhecidos como Daddy e Mother Cooper, em um sítio, na região de Suzano-SP, onde também funcionava um orfanato dirigido pelo casal.

Ao longo do tempo foram convidados homens de Deus, avivalistas, procedentes de diversos países que ministravam a palavra e oravam com aqueles pioneiros, que a cada dia se sentiam mais motivados à consagração de suas vidas. Membros das mais diversas denominações que participavam daquelas memoráveis reuniões avivalistas, eram despertados para uma vida de oração mais intensa, e assim, grupos iam se formando dia a dia em inúmeras igrejas.

Um dos primeiros grupos de oração reunia-se na residência do casal Epaminondas e Ada Silveira Lima. Ali o pastor americano Dom Philips ministrou durante uma campanha de oração, tomando por base o texto de II Crônicas 7:14 – “Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e buscar a minha face e se converter de seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. Para estas reuniões afluíam tantas pessoas que, muitos não tinham acesso ao interior da casa, então, caiam de joelhos nos jardins.

Dom Philips ficou impressionado com a sede e o ardor com que estes crentes se lançavam aos pés do Senhor, os colocou em contato com o pastor Haroldo Edwin Williams, o qual foi de grande utilidade à causa avivalista de nosso país, uma vez que trouxe ao Brasil o Evangelista Raymond Boatright, ou simplesmente, “Mr. Slim”, como gostava de ser chamado, tendo Williams também sido o intérprete deste, que foi o maior instrumento de Deus para a realização da obra avivalista.

Rev. Epaminondas e Miss. Ada viajando para fazer a obra de Deus.

A Preparação

O Espírito Santo preparava a Igreja para o grande avivamento, através do ministério da oração e este, por sua vez, alimentava um crescente desejo de se ganhar as almas para Cristo.

Como se sabe, mesmo antes de receberem o batismo no Espírito Santo alguns crentes já se lançavam com todo amor em busca dos perdidos. O casal Silveira Lima é um exemplo destes, pois não só acolhiam em sua casa dezenas de avivalistas, pastores, evangelistas e missionários que vinham, de todos os cantos para a obra evangelizadora no Brasil, como eles próprios iam com outros companheiros para as ruas e praças evangelizando pessoalmente, distribuindo literatura evangélica ou pregando ao ar livre.

Muitas vezes, o presbítero Epaminondas embarcava em trens nas estações centrais da cidade de São Paulo e ia em direção aos subúrbios semeando a mensagem de salvação por Cristo. Até nas manifestações políticas encontravam preciosas oportunidades para indicar o Caminho da Vida Eterna para inúmeras pessoas. A missionária Ada relata que um certo comício do então candidato a presidência da República, Getúlio Vargas, o casal distribuiu milhares de folhetos evangelísticos e evangelhos segundo São João, e para tanto, ela própria, no esplendor de sua idade, galgou a soleira de uma janela estratégica, utilizando-se das costas do esposo, que se ofereceu como degrau de escada.

Não resta dúvida de que este foi o maior avivamento já ocorrido no Brasil e de que foi um avivamento genuíno e generalizado, o qual produziu amplos resultados, pois a partir daí, o Evangelho ganhou grande impulso em nossa pátria, e desde então, inúmeras denominações surgiram e têm contribuído para a expansão do reino de Deus.

Eis porque, como já se disse, mas não é demais repetir: o avivamento, em seu nascedouro, não teve uma bandeira denominacional, resultou diretamente do clamor de crentes das mais diversas denominações, pois oravam: membros da IPI Cambuci, presbiterianos do Brasil, metodistas e muitos outros se reuniam em colégios, templos, lares e sítios. Eram poderosas reuniões que surgiam espontaneamente, pela influência de uns crentes sobre outros, e como um rastro de fogo se espalhavam por todos os cantos da cidade de São Paulo, onde muitas vidas se consagravam a Deus e recebiam o batismo no Espírito Santo.

Tenda da Cruzada Brasileira de Evangelização – São Paulo/SP.

O Avivamento

A Igreja era um campo lavrado e preparado por Deus para a obra do Espírito Santo, quando em 1953 chegou ao Brasil o Evangelista Boatright.

Durante o primeiro semestre deste ano, o avivalista ministrou no templo da Igreja Presbiteriana Independente do Cambuci. Sua ministração da Palavra de Deus era feita de modo bem simples a uma verdadeira multidão que afluía para a Rua Barão de Jaguara, número 1140, desejosa de receber a oração da fé. Antecedendo a pregação, Boatright cantava acompanhado de Betinho, um conhecido guitarrista que tinha o apelido de “O rei da Noite”, seus cânticos avivados falavam de liberdade, de vidas transformadas e poderosas, como também davam ênfase à subjugação das hostes malignas pela atuação do poder que os crentes recebem ao serem batizados no Espírito Santo.

Enquanto isso, a exemplo da era apostólica, o Senhor batizava centenas com seu Espírito e também cooperava com a realização de grandes milagres, pelo que, a imprensa secular dava ampla cobertura às manifestações de Deus.

Estima-se que a cada dia, cerca de 15 mil pessoas passavam pela Igreja, as quais vinham de todos os bairros da capital paulista. Algumas chegavam a passar toda a noite a espera do raiar do novo dia para serem as primeiras a entrar no templo e presenciarem a repetição dos milagres de Cristo que voltavam a ocorrer como na cidade de Jerusalém.

Rev. Epaminondas já batizado com o Espírito Santo orando.

Rev. Epaminondas e o Espírito Santo

Quando o avivamento eclodiu, o então presbítero Epaminondas Silveira Lima estava em viagem missionária ao exterior, em companhia do Dr. Carlos Han. Foram 5 (cinco) meses de pregação por países da América do Sul, América Central e Estados Unidos, onde mais de 300 (trezentas) cidades foram alcançadas. Ao retornar, alegre como um dos setenta da grande comissão, o presbítero Lima, como também era conhecido, encontra sua esposa, dona Ada Endrigo Silveira Lima falando em línguas com uma nova dinâmica em sua vida, mais animada do que ele jamais vira.

Sob o impacto dos acontecimentos, sua primeira iniciativa foi querer calar sua companheira, fato que, em princípio, trouxe certo desconforto entre ambos. Mas sua esposa o recordava de sua vida cristã genuína e equilibrada desde sua conversão a Cristo, aos nove anos de idade, quando ouviu a pregação do evangelho pela voz do Dr. Gióia, um ex-padre convertido. E a consagrada serva de Deus insistia em mostrar ao esposo e companheiro de batalhas que esta experiência fazia parte da bênção prometida por Cristo em Atos 1:7- 8, a qual ambos buscavam ardentemente. Isso levou Epaminondas a refletir um pouco mais.

Enquanto isso, os cultos de oração prosseguiam em sua casa, dos quais ele agora parecia participar com certo constrangimento. Contudo em certa noite Deus levanta sua empregada doméstica, que era analfabeta, falando em profecia no idioma inglês. Pensando haver chegado visitas dos Estados Unidos, ergueu a cabeça e observou o fenômeno. Foi então que, estupefato, viu cair suas últimas resistências àquelas manifestações.

Estava inteiramente convencido de que Deus estava fazendo algo novo no seio da Igreja e que, daquela forma, trazia a tão anelada manifestação do Espírito Santo. Decididamente entrou para o seu “Vau de Jaboque”. A crescente paixão pelas almas o impulsionava a busca com mais intensidade desse poder para o pleno exercício do ministério da palavra.

Clamava a Deus com todas as forças da alma, pedindo-lhe que o agraciasse com a mesma bênção. Foi quando, sentindo não suportar mais a ansiedade em seu coração, na cozinha de sua casa, em torno da mesa onde através das mãos da missionária Ada serviu a dezenas de homens de Deus, orou ousada e apaixonadamente: “Jesus, batize-me hoje no teu Espírito Santo, ou não lhe peço mais!” – e então… foi ali mesmo, misericordiosamente, batizado com o doce Espírito Santo de Deus, começando uma nova etapa de sua vida!

Legenda das fotos: Nossos fundadores (Rev. Epaminondas Silveira Lima e Ada Silveira Lima), primeiro templo, foto dos oficiais, primeira kombi, ensaio do grupo de irmãs.

O Início da ICPBB

Nesta época a Igreja Presbiteriana Independente foi sacudida com a obra do Espírito Santo. Mas, não demorou muito para que insatisfações começassem a se manifestar. E logo se instalou uma forte resistência ao avivamento, de maneira que, os que estavam envolvidos com a obra do Espírito Santo foram convidados a se retirarem.

Foi muito difícil para aqueles pioneiros se afastarem da Igreja que tanto amavam. Foi muito dolorido e um preço muito alto tiveram que pagar. Não desejavam se afastar do convívio de irmãos de tantos anos e nem tampouco desejavam formar uma nova denominação, pois não tinham propósitos divisionistas, nem sonhavam ser como os potentados humanos que, em sua sede de poder, oprimem o semelhante, e tudo fazem para ostentar sua soberania.

Porém, Deus tinha traçado um plano para eles…

Quando o Evangelista Boatright precisou retornar ao seu país, o, agora, pastor Epaminondas Silveira Lima herdou a tenda, planejada à sua mesa de jantar, fornecida por Oral Roberts e trazida dos Estados Unidos por aquele avivalista.

E a obra continuou debaixo do mesmo fogo…

Desta forma começa a história da IGREJA CRISTÃ PENTECOSTAL DA BÍBLIA – Ministério Porta da Vida, que no princípio chamava-se CRUZADA BRASILEIRA DE EVANGELIZAÇÃO, com suas primeiras tendas instaladas nos bairros do Cambuci, Pari e Jabaquara, na cidade de São Paulo.

Nossa Fé

Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

DT 6:4 – MT 28:19 – MC 12.29

Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e a sua ascensão aos céus.

IS 7:14 – RM 8:34 – AT 1.9

Cremos na Bíblia Sagrada, como nossa única regra infalível de fé e caráter cristão.

II TM 3:14-17

Cremos que por causa do pecado o homem está destituído da Glória de Deus, e que somente aceitando o sacrifício de morte expiatória de Jesus Cristo, através da ação convencedora do Espírito Santo é que ele pode ser reconciliado com Deus, obtendo perdão de seus pecados.

RM 3:23 – AT 3:19 – JO 3:3-8 – AT 10:43 – RM 3:24 – HB 7:25

Cremos na ressurreição corpórea de Jesus Cristo que está assentado à destra do Pai, intercede pelos santos e vive para todo o sempre.

JO 11:25 – MT 26:32 – LC 24:34 – LC 22:69 – MC 14:62 – RM 8:27

Cremos no batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas em nome do Pai, Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.

MT 28:19 – RM 6:1-6 – CL 2.12

Cremos que é necessário e possível vivermos em santidade mediante a obra expiatória e redentora de Jesus Cristo, através do poder do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo.

HB 9:14 – I PED 1:15

Cremos na distribuição dos dons espirituais à Igreja pelo Espírito Santo, necessários ao seu desempenho de edificação conforme a soberana vontade de Deus.

I CO 12:1-12

Cremos que Deus cura as enfermidades das pessoas.

JR 17:14 – JR 33:6 – LC 9:21 – MT 8:2-3 – JO 5:6-8

Cremos na segunda vinda premilenal de Cristo, em duas fases distintas:

Primeira: invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel na terra, antes da grande tribulação;

Segunda: visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos.

I TS 4:16-17 – I CO 15:51-54 – AP 20:4 – ZC 14:5 – JD 14

Cremos que todos os cristãos comparecerão ante o tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra.

II CO 5:10

Cremos no juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.

AP 20:11-15

Cremos na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis.

MT 25:46